A segurança do paciente é uma prioridade fundamental em qualquer instituição de saúde. Com o objetivo de melhorar a qualidade do atendimento e minimizar riscos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu as 6 Metas Internacionais de Segurança do Paciente.
Essas metas visam promover práticas seguras e eficazes durante o atendimento. Neste artigo, vamos explicar cada uma dessas metas e discutir como implementá-las em clínicas e hospitais.
As 6 Metas Internacionais de Segurança do Paciente foram desenvolvidas pela Joint Commission International (JCI) em parceria com a OMS. Elas foram criadas para abordar questões críticas que podem comprometer a segurança dos pacientes durante o atendimento médico. As metas são:
Identificar corretamente o paciente: Garantir que os pacientes sejam identificados de forma precisa antes de qualquer procedimento ou tratamento.
Melhorar a comunicação: Assegurar que informações críticas sobre os pacientes sejam comunicadas de maneira clara e eficaz entre os profissionais de saúde.
Melhorar a segurança dos medicamentos: Proteger os pacientes contra erros relacionados à prescrição, administração e uso de medicamentos.
Assegurar cirurgias seguras: Confirmar que procedimentos cirúrgicos sejam realizados no paciente correto, no local correto e com o procedimento correto.
Higienizar as mãos para evitar infecções: Promover práticas adequadas de higienização das mãos para prevenir infecções associadas ao atendimento.
Reduzir o risco de quedas e lesões por pressão: Avaliar os pacientes quanto ao risco de quedas e implementar medidas preventivas adequadas.
A identificação correta do paciente é o primeiro passo para garantir a segurança no atendimento.
Para implementar essa meta, as clínicas devem adotar um sistema que utilize pelo menos dois identificadores, como nome completo e data de nascimento.
É importante verificar essas informações antes de qualquer procedimento ou tratamento, garantindo que não haja confusões, especialmente em casos de homônimos.
A comunicação eficaz é essencial para garantir que todos os profissionais envolvidos no cuidado do paciente estejam cientes das informações críticas. Para isso, implemente protocolos claros que exijam a documentação completa das informações do paciente em prontuários eletrônicos acessíveis a toda a equipe. Além disso, promova reuniões regulares para discutir casos complexos e garantir que todos estejam na mesma página.
Para proteger os pacientes contra erros relacionados aos medicamentos, é fundamental estabelecer um sistema rigoroso para a prescrição e administração. Isso pode incluir:
Adoção de sistemas eletrônicos para prescrição médica que alertem sobre interações medicamentosas ou alergias.
Treinamento contínuo da equipe sobre as melhores práticas na administração de medicamentos.
Implementação de checklists para garantir que todas as etapas sejam seguidas corretamente durante o processo.
Antes de qualquer cirurgia, é crucial verificar a identidade do paciente, confirmar o procedimento e marcar claramente o local da intervenção. A implementação de um checklist cirúrgico pode ajudar a garantir que todos os passos necessários sejam seguidos antes do início da cirurgia. Além disso, é fundamental obter o consentimento informado do paciente, explicando claramente os riscos e benefícios do procedimento.
A higienização adequada das mãos é uma das medidas mais eficazes para prevenir infecções hospitalares. Para implementar essa meta, estabeleça diretrizes claras sobre quando e como realizar a higienização das mãos.
Isso deve incluir momentos críticos como antes e depois do contato com pacientes, antes de procedimentos assépticos e após exposição a fluidos corporais. Realizar treinamentos regulares sobre técnicas adequadas de lavagem das mãos também é essencial.
Para reduzir o risco de quedas e lesões por pressão, é necessário realizar avaliações individuais dos pacientes ao serem admitidos na clínica ou hospital. Identifique aqueles com maior risco devido a condições clínicas ou fatores predisponentes. Com base nessa avaliação, implemente medidas preventivas como:
Treinamento da equipe sobre cuidados com pacientes em risco.
Orientações claras para pacientes e acompanhantes sobre como evitar quedas.
Ao implementar as 6 Metas Internacionais de Segurança do Paciente, é crucial considerar também a gestão financeira da clínica ou hospital. A contabilidade especializada desempenha um papel fundamental nesse processo por várias razões:
Planejamento Orçamentário: A implementação dessas metas pode exigir investimentos significativos em treinamento, tecnologia e infraestrutura. Uma contabilidade especializada pode ajudar na elaboração de um planejamento orçamentário que considere esses custos.
Análise de Custos: Avaliar quais áreas demandam mais recursos financeiros pode ajudar na priorização das ações necessárias para atender às metas estabelecidas.
Conformidade Fiscal: Garantir que todas as despesas relacionadas à implementação das metas estejam em conformidade com as normas fiscais é essencial para evitar problemas legais futuros.
Relatórios Financeiros: Contadores especializados podem fornecer relatórios financeiros detalhados que ajudam a monitorar o impacto financeiro das iniciativas relacionadas à segurança do paciente.
A implementação das 6 Metas Internacionais de Segurança do Paciente é essencial para garantir um atendimento seguro e eficaz nas clínicas e hospitais.
Ao seguir as diretrizes apresentadas neste artigo — desde a identificação correta do paciente até a promoção da higienização das mãos — as instituições podem melhorar significativamente a qualidade dos cuidados prestados.
Além disso, contar com uma gestão financeira sólida através da contabilidade especializada assegura que os investimentos necessários para atender essas metas sejam realizados de forma responsável e sustentável.
Com um compromisso contínuo com a segurança do paciente, clínicas e hospitais estarão melhor preparados para oferecer um atendimento seguro e confiável à população.
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