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Fisioterapeuta pode ser MEI? Entenda as opções de formalização

Descubra se o fisioterapeuta pode ser MEI e quais são as melhores opções de formalização disponíveis para profissionais da área.

Escrito por
Osni Rodrigues
09/2024

A dúvida sobre a possibilidade de um fisioterapeuta se formalizar como Microempreendedor Individual (MEI) é comum entre os profissionais recém-formados ou aqueles que desejam empreender.

A formalização é um passo importante para garantir a legalidade do exercício da profissão e a segurança financeira.

Neste artigo, vamos esclarecer se o fisioterapeuta pode ser MEI, discutir as vantagens e desvantagens dessa modalidade, além de apresentar alternativas e a importância do suporte contábil.

O que é o MEI?

O Microempreendedor Individual (MEI) é uma categoria de formalização criada para incentivar a regularização de pequenos negócios no Brasil. Para se enquadrar como MEI, o empreendedor deve atender a alguns requisitos:

  • Faturamento anual de até R$ 81 mil.
  • Não ter participação em outra empresa como sócio ou administrador.
  • Ter, no máximo, um empregado contratado que receba um salário mínimo ou o piso da categoria.

O MEI é uma opção vantajosa para muitos profissionais autônomos, pois oferece benefícios, como:

  • Isenção de tributos federais (IRPJ, PIS e Cofins).
  • Pagamento simplificado de tributos por meio do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS).
  • Acesso a direitos previdenciários, como aposentadoria e auxílio-doença.

Fisioterapeuta pode ser MEI?

A resposta para essa pergunta é não. O fisioterapeuta não pode se formalizar como Microempreendedor Individual.

Essa restrição se deve ao fato de que a fisioterapia é uma profissão regulamentada pelo Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO).

Profissões que exigem registro em conselho de classe não podem se enquadrar na categoria do MEI.

Por que o fisioterapeuta não pode ser MEI?

A legislação brasileira estabelece que apenas atividades que não requerem formação superior ou registro em conselho podem ser enquadradas como MEI. Como a Fisioterapia exige diploma e registro no CREFITO, os fisioterapeutas devem optar por outras formas de formalização.

Para um empreendedor poder atuar como MEI, ele precisa informar o CNAE das atividades que realizará. O CNAE é um código que identifica essa atividade.

Ocorre que não existe nenhum CNAE para atividade de fisioterapeuta que se enquadre nas possibilidades de atuação de um MEI.

Portanto, fisioterapeutas devem buscar alternativas que atendam às suas necessidades profissionais e legais.

Alternativas para quem não pode ser MEI

Embora o MEI não seja uma opção viável para fisioterapeutas, existem outras formas de formalização que podem ser consideradas:

1. Profissional Autônomo

O fisioterapeuta pode atuar como profissional autônomo, utilizando seu CPF para emitir recibos e prestar serviços. Essa modalidade permite ao profissional trabalhar sem abrir uma empresa, mas é importante ressaltar que ele deve realizar a declaração do Imposto de Renda e pagar o INSS como contribuinte individual. Os benefícios dessa opção incluem:

  • Menor burocracia na abertura e manutenção.
  • Flexibilidade nas atividades prestadas.

Entretanto, o profissional autônomo deve estar ciente das obrigações fiscais e tributárias relacionadas à sua atuação.

2. Microempresa (ME)

Outra alternativa é abrir uma microempresa (ME). Essa modalidade permite ao fisioterapeuta ter um CNPJ e atuar formalmente no mercado. Para isso, será necessário seguir alguns passos:

  1. Registro no CREFITO: O primeiro passo é garantir que o profissional esteja devidamente registrado no conselho regional.
  2. Escolha da forma jurídica: Definir se será uma empresa individual ou se haverá sócios.
  3. Elaboração do contrato social: Criar um contrato social que defina as atividades da empresa e as responsabilidades dos sócios.
  4. Registro na Junta Comercial: Realizar o registro da empresa na Junta Comercial do estado.
  5. Obtenção do CNPJ: Solicitar a inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) na Receita Federal.
  6. Inscrição municipal: Realizar a inscrição junto à prefeitura para obter alvará de funcionamento.

A microempresa oferece vantagens como maior controle sobre as operações e possibilidade de crescimento, mas também implica em mais responsabilidades administrativas e tributárias.

3. Sociedade Limitada (LTDA)

Os fisioterapeutas também podem optar por formar uma sociedade limitada (LTDA) com outros profissionais da saúde ou mesmo com sócios que não sejam dessa área.

Nesse modelo, todos os sócios têm responsabilidade limitada ao capital social da empresa. As vantagens da LTDA incluem:

  • Limitação da responsabilidade dos sócios ao capital investido.
  • Possibilidade de atrair investimentos.

Entretanto, esse modelo exige mais formalidades legais e contábeis em comparação ao MEI ou ao trabalho autônomo.

A importância do suporte contábil

Independentemente do modelo escolhido para formalização, contar com o suporte de um contador especializado é fundamental para garantir a segurança jurídica e fiscal do negócio.

Veja alguns motivos dessa importância:

  1. Orientação sobre tributação: um contador experiente pode ajudar os fisioterapeutas a entenderem as implicações tributárias associadas à sua escolha societária e garantir que todos os impostos sejam pagos corretamente.
  2. Elaboração de contratos: um contador pode auxiliar na redação adequada dos contratos sociais ou contratos de prestação de serviços, garantindo que todas as cláusulas estejam claras e protegendo os interesses do profissional.
  3. Gestão financeira: o suporte contábil também inclui o acompanhamento das finanças do consultório ou clínica, ajudando na elaboração de orçamentos e controle financeiro.
  4. Atualização sobre legislações: a legislação tributária está sempre mudando; portanto, ter um contador atualizado sobre as normas vigentes é crucial para evitar problemas futuros com o fisco.
  5. Planejamento sucessório: um bom contador pode ajudar na elaboração de um planejamento sucessório adequado para garantir a continuidade dos negócios em caso de falecimento ou incapacidade do médico.

Conclusão

Para os jovens fisioterapeutas que estão ingressando no mercado de trabalho, entender as opções disponíveis para formalização é crucial.

Embora o MEI seja uma alternativa popular entre muitos profissionais autônomos, ele não se aplica às profissões regulamentadas como a Fisioterapia.

Leia também: Aprenda a como emitir nota fiscal de serviços médicos

As alternativas como atuar como profissional autônomo, abrir uma microempresa ou formar uma sociedade limitada oferecem diferentes níveis de responsabilidade e controle sobre as operações do negócio.

É essencial avaliar cuidadosamente cada opção antes de tomar uma decisão.

Além disso, contar com o suporte de um contador especializado pode fazer toda a diferença na hora de formalizar sua atuação profissional e garantir que todas as obrigações fiscais sejam cumpridas corretamente.

Por fim, lembre-se sempre da importância da legalidade em sua prática profissional. Isso não apenas protege você como profissional, mas também garante um atendimento seguro e confiável aos seus pacientes.

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Osni Rodrigues
Sócio & COO

Contador com 10 anos de experiência na área da Saúde, formado em Ciências Contábeis na Universidade Estácio de Sá e Pós Graduação em Controladoria na Universidade Candido Mendes.

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